Ex-jogadores baianos têm problemas para sobreviver

A situação da maioria dos ex-jogadores de futebol profissional na Bahia é  a pior possível. A constatação  é de  Sérgio Moraes, ex-lateral-direito do Redenção, Galícia, AABB e Botafogo  e  presidente da única entidade no Estado dos ex-boleiros,  a Associação de Garantia ao Atleta Profissional da Bahia (Agap).
De acordo com  números revelados por  Sérgio Moraes, dos 87 filiados à Agap, apenas 26 (30%) recebem até quatro salários mínimos (R$ 2.164) mensais do INSS, por tempo de serviço ou invalidez.  Os outros sobrevivem com  um e dois salários, mas há ainda aqueles que nada ganham. “Vivem da ajuda dos  amigos”, comenta.

O presidente da Agap não tem números exatos do universo ou a forma como sobrevivem muitos dos atletas que brilharam nos gramados baianos nas décadas de 60, 70 e 80. Segundo ele, a maior dificuldade para acompanhar o ex-atleta é o desconhecimento do endereço: ”Eles se associam e somem. Mudam o telefone e aí, complica. Há também os que nem nos procuram e não podemos fazer nada”, diz Sérgio.

O bolso vazio não é o único mal que oprime os  ex-jogadores  baianos. Cinquenta e cinco estão contaminados pelo vírus da hepatite C e outros podem estar sofrendo do mal. E não é incomum problemas psicológicos causados pelo fim da carreira, a falta  do convívio do futebol e a perda de visibilidade na mídia.

Fonte: A Tarde On Line

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