Bacia do Jacuípe
“Todo lugar tem sua paixão
Tem seu momento especial
Pra uns é São João
Pra outros é Natal
Na Bacia do Jacuípe é diferente
O povo pega todo ‘inverno’
E faz daqui o lugar mais decente
Pra gente de ‘jaleque’, mas também gente de terno
Tudo começa na plantação
Numa ação de aventurança
Joga na terra mandioca, milho e feijão
A coisa então vinga e vem a fase da bonança
Com muita religiosidade
Nosso povo tem que agradecer
Mas diante do clima e da dificuldade
Pra muito santo a gente tem que recorrer
Santo Antônio, São Pedro e São João
Isso é só pra resumir
A gente recorre em oração
Agradecendo a colheita pro povo consumir
Mas como a gente né de ferro
Tem que ter comemoração
Muita festa aboio e berro
Pra agradecer ao santo de coração
Afinal de conta, pra gente de educação
Se pediu e recebeu terá que agradecer
E sertanejo(a) de verdade não tem medo não
Dança é muito forró até o dia amanhecer
E é por isso que em junho e julho aqui não se brinca
Tem festa até pra inimigo
E do dia primeiro ao dia trinta
Na Bacia Jacuípe toda noite é ralando o umbigo!”
(Matteus Martins)
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