Os dados são da pesquisa Mulheres Brasileiras e
Gênero nos Espaços Públicos e Privados, feita em agosto do ano passado.
No capítulo Violência Institucional no Parto, a pesquisa mostra que,
entre as entrevistadas, 68% tiveram o parto na rede pública, 16% na
privada e 8% recorreram às duas redes hospitalares em ocasiões
distintas.
A pesquisa indicou ainda que 23% das entrevistadas
ouviram algum tipo de despropósito durante o momento do parto. Entre as
frases mais ouvidas, estão “não chora que, no ano que vem, você está
aqui de novo” (15%); seguida de “na de hora de fazer não chorou nem
chamou a mamãe, por que está fazendo [isso] agora?” (14%); “se gritar,
eu paro agora o que estou fazendo, não vou te atender” (6%); e “se
gritar vai fazer mal para o seu neném, seu neném vai nascer surdo”
(5%).
Também foi constatado que 10% das mulheres sentiram
dor ao fazer o exame de toque durante o trabalho de parto, 10% tiveram
negado o pedido de algum tipo de alívio para a dor e 9% responderam que
foram ofendidas com gritos do atendente. E ainda 9% das mulheres não
foram informadas sobre qual o procedimento o atendente estava fazendo,
8% reclamaram que o atendente se negou a atendê-las e 7% foram
humilhadas ou xingadas.
As informações são da Agência Brasil.
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