Reunião discute racionamento da água na Barragem do França


Prestes a entrar em colapso por causa da estiagem, a Barragem do França foi o tema central de uma reunião entre autoridades locais e representantes de órgãos do Governo da Bahia, ocorrida ontem na cidade de Piritiba. Entre os presentes, estavam Júlio Rocha, diretor-geral do Inema (Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos), Vinícius Sousa, Gerente da Embasa - Unidade Regional de  Senhor do Bonfim, Arnor Fernandes, Assessor da Diretoria de Operações e Expansão Norte (Embasa), os prefeitos das cidades de Mundo Novo e Piritiba, Luzinar Medeiros e Carlos Alberto Santos, o “Bel”, respectivamente, além de representantes de Miguel Calmon e da Cerb (Companhia de Engenharia Ambiental e Recursos Hídricos). Os três municípios representados, que já decretaram situação de emergência, são abastecidos pela Barragem, que apresenta, atualmente, um nível de 25% da sua capacidade de armazenamento.                    


 Durante o encontro, foram debatidos assuntos como a seca, o racionamento, a necessidade de um planejamento de longo prazo para a questão da estiagem prolongada, além do uso irregular por produtores locais, que utilizam, sem outorga legal, a água da barragem para irrigação de culturas como tomate e capim. Para este último, o Inema já decidiu intervir para a cessação total da retirada da água para a manutenção de sua cultura . Esta ação visa priorizar a pouca água que resta para prover o abastecimento humano e a dessedentação de animais.


De acordo com Vinícius Sousa, trata-se de uma necessidade emergencial a fim de evitar um colapso, o que é iminente. “Se não impedirmos a retirada da água para a irrigação do capim nos próximos cinco dias, o abastecimento humano será prejudicado, e a solução será a utilização de carros-pipa”, diz. Já em relação ao suprimento de água para a produção de tomate, o diretor geral do Inema, Júlio Rocha, salientou a possibilidade de suspensão e, consequentemente, indenização para os tais produtores, já que as perdas pela não colheita serão consideráveis.

A intenção é, progressivamente, cortar o fornecimento para todos os usos irregulares, utilizando, se for possível, mecanismos do poder de polícia, caso os produtores persistam em retirar a água. “Vamos voar sobre a região para mapear todos os usos irregulares, e, caso os produtores continuem a utilizar a barragem para usos irresponsáveis, seremos forçados a usar a força, inclusive apreender equipamentos”, justificou. Um comitê será formado para debater, de forma sistemática, a crise da água na região.   

Da Redação Notícias Mairi FM 

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