As fortes chuvas que atingiram o Estado de São Paulo na quarta-feira
auxiliaram o sistema Cantareira a subir um pouco mais. De acordo com
dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp),
o nível do sistema subiu pela 21ª vez consecutiva e atingiu 11,1%.
Segundo a Sabesp, a pluviometria do dia ficou em 15,2 milímetros na
quarta-feira. Ao todo, o mês de fevereiro tem até agora 293 milímetros,
superando a média histórica, que é de 199,1 milímetros. Com relação aos
outros sistemas, o Guarapiranga passou de 58,7% para 59,8%, enquanto o
Alto Cotia subiu de 36,4% para 37,7%, e o Rio Claro avançou de 35,5%
para 35,7%. O Alto Tietê ficou estável com 18,3%. Já o Rio Grande recuou
de 83,4% para 83,3%. Apesar das chuvas e as consecutivas altas no
sistema Cantareira, isso não indica nem de longe o fim da crise hídrica
enfrentada por São Paulo. Operando na primeira cota do volume morto, os
reservatórios ainda estão abaixo de sua capacidade mínima e os próximos
meses devem ser de estiagem, como a maioria dos invernos. Ao todo, foram
“emprestadas” duas cotas
de água do volume morto num total de 29,2%. A primeira, de 18,5% foi
disponibilizada em meados de maio de 2014, mas efetivamente só começou a
ser usada a partir de 12 de junho de 2014 quando acabou o volume útil
do Cantareira. Em 24 de outubro de 2014 foi anunciado um novo “empréstimo” de água do “volume morto”, uma segunda cota de 10,7% da capacidade total. Em 23 de outubro de 2014, o nível do Cantareira era de apenas 3% de água do “volume morto”. Dos 18,5% que estavam sendo usados desde 12 de julho de 2014 só restavam 3%. (Terra)
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