Hillary diz que tiroteio em Charleston não foi 'ato isolado' e critica racismo

Hillary Clinton, pré-candidata à presidência dos EUA pelo Partido Democrata, pediu um maior controle da venda de armas no país e disse que o tiroteio que matou nove pessoas em uma igreja metodista em Charleston não é uma tragédia "isolada". Em um discurso em uma conferência de prefeitos dos EUA, Clinton falou extensamente sobre os assassinatos e elogiou familiares das vítimas, que disseram ter perdoado o atirador Dylann Roof, de 21 anos. "O ato de misericórdia das famílias foi tão impressionante como o ato de crueldade", disse ela. Favorita para a indicação presidencial democrata, Clinton usou o discurso para destacar a discriminação enfrentada pelos negros americanos. "A raça continua a ser uma profunda linha divisória na América", afirmou. A presidenciável disse ainda que as escolas se mantêm segregadas, que os negros americanos recebem penas de prisão mais longas do que os brancos para os mesmos crimes e que as crianças negras são cinco vezes mais propensas a morrer de asma que as crianças brancas. "É tentador considerar uma tragédia como esta como um incidente isolado", afirmou Clinton. "As pessoas estão enganadas ao concluir que a intolerância é algo que nós deixamos para traz, que o racismo institucionalizado não existe mais", acrescentou. Autoridades disseram que Roof atirou e matou as nove vítimas durante uma aula de estudo bíblico na histórica igreja Emanuel African Methodist Episcopal em Charleston, na Carolina do Sul. Ele teria dito, durante o tiroteio, que "vocês os negros estão estuprando nossas mulheres e tomando conta do país", segundo relatos de testemunhas. Muitos dos pré-candidatos à presidência se pronunciaram sobre o tiroteio, mas poucos o associaram à injustiça racial. Fonte: Dow Jones Newswires.

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