Dilma pode invocar cláusula democrática do Mercosul contra o impeachment


A presidente Dilma Rousseff (PT) tem discutido a possibilidade de invocar a cláusula democrática do Mercosul para barrar o processo de impeachment contra ela no Congresso Nacional. A informação foi divulgada pela própria presidente durante entrevista a jornalistas estrangeiros concedida na última sexta-feira (22), após a cerimônia na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York. “Eu alegarei a cláusula, inexoravelmente, se caracterizar-se, de fato, a partir de agora, uma ruptura do que eu considero processo democrático. Agora, quando isso ocorrerá, depende de fatos que eu não controlo todos”, disse Dilma aos jornalistas. A invocação dessa cláusula pode levar à suspensão do país do bloco comercial, assim como aconteceu com o Paraguai em 2012. Para ela, é “constrangedor” afastar uma pessoa inocente do poder e haveria uma adesão cada vez maior da população, que, segundo a presidente, está cada vez mais consciente do processo de “golpe” no país. Dilma ainda acusou os deputados federais de impedirem a estabilidade fiscal do Brasil, apesar dos recentes avanços na economia. “Nós tomamos várias medidas, as possíveis, e não conseguimos fazer o necessário ajuste porque fomos impedidos pela Câmara dos Deputados. Não o Senado, que não teve a mesma conduta. Estou falando da Câmara Federal”, criticou.
BN

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