O paciente foi levado para o Distrito de Segurança Integrado (Disep) de Conquista para testemunhar contra o acusado. O falso dentista foi ouvido pela polícia, liberado e responderá em liberdade. Ele confessou à polícia que trabalhava sem formação há mais de 16 anos.
"Quando nós chegamos, o paciente já estava saindo, se sentindo mal, e tinha passado pela extração de dois dentes. quando entramos, verificamos mais uma paciente passando pelo procedimento cirúrgico e outros pacientes na fila de espera", diz o soldado da Polícia Militar Hete Leal. A polícia foi ao local após denúncia feita por fiscais do Conselho Regional de Odontologia.
Segundo o delegado José Carlos Pierote, o paciente que realizou extrações relatou que o falso profissional não indicou exames antes de fazer a cirurgia, pela qual cobrou R$ 200. "O paciente informou que não fez radiografia, que ele não passou nenhum remédio após a cirurgia", disse.
Alguns instrumentos cirúrgicos foram apreendidos pela polícia. O caso foi encaminhado para a Justiça. "Trata-se de um caso de crime de menor potencial ofensivo. O procedimento é encaminhado ao juizado especial criminal", afirma o delegado.
Os policiais encontraram condições precárias de higiene no imóvel onde ele atuava, na Rua da Barragem no bairro Guarani. Segundo a polícia, o crime de exercício ilegal da profissão prevê pena de seis meses a dois anos de prisão.
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