Cunha a caminho da guilhotina


Cunha a caminho da guilhotina
Foto: Lula Marques/ Agência PT

De “grande chefe político”, Eduardo Cunha passou a ficar isolado e logo estará no ostracismo. A decisão do Conselho de Ética da Câmara o levará à cassação do seu mandato, por se entender que deverá ser seguida pela Comissão de Constituição e Justiça e aprovada pelo plenário do colegiado. A carreira de Cunha chegará ao fim. Mandou como quis, comandou uma tropa de parlamentares que fazia o que determinava, boa parte envolvida em corrupção. Considerada “centrão” ou, em alguns aspectos, baixo clero, Eduardo Cunha deixará o cenário político como entrou: foi ao auge, derrotou a presidente Dilma Rousseff e, em pouco mais de 40 dias, desmoronou, a partir de uma decisão do STF ao afastá-lo da presidência da Câmara, onde era o senhor de todas as cartas. O grupo que organizou já está em processo de desmanche. O chefe não mais o comanda, por estar centrado em salvar a própria pele, o que certamente não conseguirá. Perderá grande parte da sua fortuna em desapropriação por riqueza ilegal e com ele levará a sua mulher, com processo instalado no Paraná, na seara do juiz Sérgio Moro. O desmonte que ocorrerá levando Cunha às favas será uma vitória da decência que surgiu com a Operação Lava Jato, e que os políticos, segundo a delação do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, pretendiam solapar. Machado está delatando situações inusitadas do segmento político e, com suas denúncias, monta uma situação de desespero para os corruptos. Eduardo Cunha não está neste grupo, por ora, porque ele fez a sua própria carreira à margem, mentindo enquanto penetrava no posto mais elevado, a presidência do Poder Legislativo.

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