Comer em horários irregulares aumenta o risco de doenças crônicas

A hora que você come é tão importante quanto o que você come. Esta é a conclusão de dois estudos publicados no periódico científico Proceedings of the Nutrition Society. De acordo com a publicação, comer em horários irregulares está associado a um maior risco de desenvolver doenças crônicas como hipertensão, diabetes tipo 2 e obesidade. Para chegar a essa conclusão, pesquisadores britânicos e brasileiros, revisaram 28 estudos já publicados sobre o impacto dos padrões alimentares na saúde.

Nosso corpo é regido pelo ritmo circadiano (relógio biológico interno), que normalmente segue um ciclo de 24 horas. Muitos processos metabólicos, como o apetite, a digestão e o metabolismo da gordura, do colesterol e da glucose, seguem este ritmo. Por isso, o nosso padrão alimentar pode alterar este relógio interno, principalmente no funcionamento de órgãos diretamente ligados à digestão, como o fígado e o intestino. Por outro lado, esse relógio também é regulado pelo ciclo claro/escuro ou noite/dia, que, por sua vez, também pode afetar a nossa alimentação. Os resultados dessa revisão mostraram, por exemplo, que pessoas que trabalham em turnos correm um risco aumentado para câncer, doenças cardiovasculares e síndrome metabólica – o que inclui pressão alta, diabetes tipo 2 e obesidade.

Já o “jetlag social”, que acontece principalmente quando as pessoas mudam seu padrão de sono aos finais de semana, foi associado a um maior risco de doenças como obesidade e síndrome metabólica, ao passo que dormir pouco está associado ao ganho de peso. Alguns estudos mostraram também uma relação entre pular o café da manhã com piores escolhas alimentares durante o dia. Ou seja, pessoas que pulam esta refeição tendem a preferir alimentos gordurosos e mais prejudiciais à saúde, em comparação com aquelas que têm o hábito de comer quando acordam.


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