Cassado inclusive com votos de antigos aliados, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) perdeu o foro privilegiado que garantia que fosse julgado apenas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e deve entrar na mira do juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância.
Atualmente,
Cunha é réu em duas ações penais na Suprema Corte: uma pela suspeita de
ter exigido e recebido ao menos US$ 5 milhões em propina de um contrato
do estaleiro Samsung Heavy Industries com a Petrobras e outra por
suposto recebimento e movimentação de propina em contas secretas na
Suíça.
O
peemedebista perdeu o mandato de deputado federal nesta segunda-feira
(12) em uma votação esmagadora. Dos 513 deputados da Câmara, 450 votaram
a favor da cassação e apenas 10 contra. Nove parlamentares decidiram se
abster na votação e outros 42 não compareceram à sessão.
As
abstenções e ausências beneficiavam Cunha, no entanto, eram necessários
apenas 257 votos a favor da cassação para que ele perdesse o mandato. O
placar final da votação registrou 193 votos a mais do que era preciso
para cassá-lo.
Além de ser réu de duas ações penais, o ex-todo-poderoso-presidente da Câmara
é alvo de outros nove procedimentos investigatórios no STF. Com a perda
do foro privilegiado, é possível que apenas dois inquéritos que apuram
supostas irregularidades cometidas pelo deputado cassado permaneçam na
alçada do STF porque envolvem outras auto
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