O Brasil já superou, neste ano, o recorde de turistas estrangeiros que havia sido atingido no ano passado. Até o fim de 2025, o ministro do Turismo, Celso Sabino, estima que o número de visitantes de fora do país atinja a marca de 10 milhões de turistas.

"Nunca chegamos em 7 milhões de turistas estrangeiros. O recorde anterior era 6,6 milhões e nós batemos 7 milhões agora em meados de setembro, faltando ainda três meses e meio para terminar o ano. Nós estamos projetando até o fim de dezembro que o Brasil, que nunca recebeu 7 milhões de turistas estrangeiros, receba neste ano de 2025 10 milhões de turistas estrangeiros, uma marca há poucos meses atrás inimaginável. Vamos chegar à quarta potência das Américas no turismo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, do Canadá e do México", disse.
A declaração foi nesta segunda-feira durante o programa Bom Dia, Ministro, do Canal Gov. Em visita à zona azul das instalações da COP30 em Belém, Celso Sabino destacou que a alta de preços de hospedagem na capital paraense foi uma questão pontual que o próprio mercado regulou e classificou como "síndrome de vira-latas" as críticas à conferência na capital do Pará.
"É, aqui está funcionando tudo da forma como tem que funcionar. Desde o início disseram que não ia ter hospedagem, ou que a hospedagem ia ser cara. Está tendo hospedagem para todo mundo, tudo funcionando perfeito, o transporte, a segurança, o funcionamento... Aqui na semana passada, nós chegamos a ter 63 mil pessoas cadastradas para participarem dessa COP. O fato de terem pessoas que criticaram, que estão aqui tentando encontrar 'cabelo em ovo' para achar alguma coisa que não esteja funcionando, eu atribuo isso aí talvez à 'síndrome de vira-lata'. Tudo deve funcionar lá fora, tudo é bom lá fora, tudo que presta tem que ser lá fora", apontou.
Celso Sabino é do partido União Brasil, que anunciou saída da base do governo Lula por diferenças ideológicas. No entanto, Sabino decidiu permanecer no comando do Ministério do Turismo, o que motivou a legenda a decidir pela abertura de um processo de expulsão de Sabino. Para ele, não há razão para decisões como essa.
"Olha o a multiplicação de turistas estrangeiros no nosso país. Olha o o recorde de faturamento, segundo a Fecomércio, o recorde de investimento estrangeiro, olha a geração de emprego. Acho que o partido político deveria, inclusive, se assenhorar disso, não fazer o que está fazendo. Não vejo razão para tomar uma decisão a um ano das eleições dizer 'ah, nesse campo político nós já não vamos', inclusive o melhor para o país", fala.
De acordo com o ministro do Turismo, a audiência que vai analisar a expulsão dele do União Brasil foi remarcada para a segunda-feira da próxima semana. Sobre esse assunto, Sabino disse estar de consciência tranquila:
"Esse meu processo aí disciplinar, que deve se reunir no dia 24, eu vou estar lá para exercer a minha defesa, até porque eu não fiz nada, não devo nada para ninguém, estou aqui com a minha cabeça erguida, um sentimento de dever cumprido, pelos resultados que a gente entregou, ou essa COP que a gente está deixando aqui um grande legado para a cidade de Belém, para o povo do Brasil como um todo. Então, sigo firme, de peito aberto", falou.
Durante o programa, o ministro do Turismo foi perguntado sobre o Projeto de Lei das bagagens, proposta que tramita no Congresso. Para ele, o assunto precisa ser mais bem debatido, já que o mundo vive a ascensão da aviação civil. O ministro afirmou que não se devem "votar projetos importantes no calor do momento".
Fonte: Agência Brasil

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